quinta-feira, 19 de maio de 2005

não-festa

Foi um dia lindo. Estava sol, passeei na cidade. Estava um belo dia. Fiz o turista em dia de final europeia. Foi com sol que cheguei ao estádio. A noite prometia festa, com a devida apreensão. Antes de anoitecer o Sporting marcou, cheirava bem, em lisboa.
Entretanto, o sol pôs-se. Já quase via o Barbosa a agarrar o caneco. Faltava meio jogo. Com o cair da noite senti uma, e depois outra estocada. Ainda vi, com os olhos, ali, a uns 20 metros, o 2a2. Eu vi, mas não foi festa, foi mais uma estocada.... voltava o espírito da fezada.. Acreditei mais 10minutos.. acabou a época, faltavam 5 para o final. Já estava noite feita, com o Beto a ponta -de-lança. Houve papelinhos a voar pelo estádio, a taça era bonita, foi entregue, e ainda cantei com a Juve Leo: "Estamos sempre convosco, estamos sempre convosco, estamos sempre convosco, não vos deixaremos mais. força sporting allez! força sporting allez, força sporting allez, força sporting allez allez! SPORTING"


(faltou acrescentar que "não-festa" é uma palavra tão merdosa como "não-lugar", mas no entanto, serve muito bem para a noite de ontem, onde foi apreciada a ausência de lampiões. esteve, tal como de dia, uma bela noite. com lagartos, copos, suor e fantasia.
não-festa, aliás, enquanto palavra serve tão bem como não-glória, ou como não-lugar. porque ilustram: uma festa, uma glória ou um lugar)

domingo, 15 de maio de 2005

parabéns ó trapatoni

já saí e já voltei a lisboa, já perdi o campeonato, não conseguí encaixar... uma ripada à italiana.
vou deitar o meu lisboetismo às urtigas. estou anti-lampião (reconhecendo nisso alguma importância-a-mais para os lampiões, rancor e a total estupidez do conceito-do-anti)
estou a torcer pelo FCPorto para campeão.

do mais, lampiões: viram jogar futebol que não sabem, não conseguem e pelos vistos não precisam. podem ser campeões à italiana com um capitão lagarto. pode o sporting ganhar a uefa com um guarda redes lampião, e perder o campeonato numa jogada que em 78,6% dos jogos de futebol é punida com falta (sim, dois pés no ar na pequena área não pode sequer receber uma festinha. mas ok, o ricardo não ajudou a deixar essa leitura evidente). ficam as palavras do barbosa depois do jogo: "saimos derrotados mas com a convicção de que somos a melhor equipa". é isto* jogamos melhor à bola!
o peseiro jogou com o empate e perdemos, o sporting perdeu. mas, amar um clube de futebol, ainda quando já não passa de um empresa, é esta ocasião de haver um "nós", um "ganhámos", um "perdemos" mas estamos contigo. amar o sporting é ter fé num deus menor. é que, como se sabe, deus é democrático, e acaba a dar a sua mão a essa raça que se liga ao serem muitos, mediocre na sua crença.

a minha camisola do sporting tem nas costas o 22-beto e é com muito gosto que descubro o meu mau-perder. é que, ontem, de facto, o sporting não mereceu perder.

* é isto
amo-te
sporting

sexta-feira, 6 de maio de 2005

o golo do garcia # 2

o golo do garcia # 1

quarta-feira, 4 de maio de 2005

surmodernité, sobremodernidad, supermodernismo,

neologismo por neologismo, venha um fresco.. este do título zumbe-me aos ouvidos há 5 anos e ainda tem muito para zumbir. para lá do modernismo e do pós-modernismo. não faz ode às máquinas, trabalha com elas, nem ao espírito do lugar, ele está lá.
diz que não é revolucionário, mas parece um princípio e o que custa mesmo é encontrar a ponta por onde começarquem verbalizou assim (surmodernité) fala em não-lugares, o que, desde logo, enquanto palavra foi o suficiente para nunca me pôr a ler: não-lugar não existe:
assim como o non-sense não existe: tudo tem um sentido (seja intencional ou não, desconcertante ou não), tal como todo o lugar é lugar, pois.
é dar um passo mas continuar com o discurso, ié, não-lugar acaba por ser uma pós-modernice para falar de supermodernice,

segunda-feira, 2 de maio de 2005

somos todos por fases (e fazes.?)