na Ópera do Falhado
reina a banalidade e o desespero: todos se tentam enganar uns aos outros, como os seus pais lhes ensinaram, e o resultado só pode ser uma grande parvoíce. A megalomania, o facilitismo, o porreirismo criminal, a obstinação irracional, a fragilidade emocional e, acima de tudo, a doentia necessidade de parecer bem, atravessam quase todos os intervenientes desta comédia. Falhar é, neste caso, aspirar a coisas que não nos servem para nada.
J.P. Simões (agora em livro)