contando o tempobreve história da contagem do tempo feita a partir daqui, daqui, daqui, daqui, daqui.uma INTRODUÇÃO
O calendário é um sistema de ordenamento do tempo com propósitos de organização da vida civil, observância das obrigações religiosas e marcação de eventos científicos.
Os calendários todos são de inspiração religiosa. Todos se referem a uma cosmologia.
A necessidade de contar o tempo surgiu durante o Neolítico, com os primeiros agricultores. os primeiros sedentários.
A mais antiga divisão do tempo, o dia, é definida pela alternância cíclica da luz solar e da escuridão da noite. Mais tarde os meses, definidos originalmente pelas fases da lua,
Depois o ano, baseado no movimento aparente do sol e no ciclo das estações.
O calendário solar mais antigo foi desenvolvido no Egipto por volta de 2773 a.C.
A divisão do mês em 4 semanas de 7 dias, invenção babilónica baseado em conceitos astrológicos e desenvolvida no século VII a.C., foi adoptada pelos romanos na época do Império, provavelmente no século I d.C.
as UNIDADES DE TEMPO
o mês lunar» 29,530589 dias;
o ano trópico» 365,242199 dias ou 12,368267 lunações;
o CALENDÁRIO EGIPCIO
foi o primeiro calendário a ser determinado por regras fixas. Consistia de 12 meses de 30 dias seguidos por 5 dias adicionais ao final do ano.
Tamanha precisão na medida de duração do ano (há 6000 anos), só foi possível pela sua posição geográfica privilegiada: os egípcios podiam observar Sirius, a mais brilhante estrela do céu, ascender perpendicularmente ao sol da manhã uma vez por ano, precisamente na ocasião da cheia anual do Rio Nilo. (é preciso ter estrelinha)
Embora os egípcios tivessem constatado que a duração do ano era de 365 dias e 1/4, seu calendário não foi corrigido para compensar a diferença de 1/4 de dia, senão em 238 A.C.. Quando Roma conquistou o Egito, os conhecimentos egípcios serviram de base para que os os romanos elaborassem seu novo calendário.
o CALENDÁRIO JULIANO
Os romanos utilizavam primitivamente um calendário lunar, com adição periódica de um mês suplementar para compensar o atraso em relação às estações do ano, dependentes do ano solar.
O método, extremamente rudimentar, acumulou em 47 a.C. uma diferença de 80 dias, gerando enorme confusão na vida civil e religiosa.
No ano seguinte, 46 a.C., o ditador romano Júlio César (100-44 a.C.) de regresso a roma depois de conquistar o egipto, instituiu o calendário juliano, conforme as recomendações do astrônomo Sosígenes de Alexandria (séc. I a.C.):
. o ano passou a ser calculado em 365,25 dias;
. os doze meses passaram a ter a duração diferente, quase igual à que têm até hoje;
. o primeiro dia do ano, antes situado em 15 de Março, foi fixado em 1º de Janeiro;
. a cada quatro anos, para compensar a fracção anual excedente (0,25 dias), foi instituído o ano de 366 dias, chamado de ano bissexto até hoje.
Foi um trabalho soberbo para a época. No entanto, como outros calendários, havia ainda pequena desfasagem entre o real número de dias do ano astronômico e os intervalos básicos de tempo (dias, meses, ano). A Terra completa uma revolução em torno do Sol a cada 365,2422 dias; como o ano havia sido fixado em 365,25 dias, essa pequena diferença foi se acumulando, e a cada 128 anos atingia 1 dia.
CALENDÁRIO GREGORIANO
Em 1582, tornou-se necessário um pequeno ajuste, instituído pelo Papa Gregório III (1502-1585 d.C.), conforme as recomendações do astrônomo bávaro Christoph Clavius (1537-1612 d.C.):
. 10 dias do ano de 1582 foram suprimidos (o dia 4 de outubro foi seguido do dia 15 de outubro);
. os anos terminados em "00" e não divisíveis por 400 deixaram de ser considerados bissextos (1700, 1800 e 1900 d.C., não foram; 2000 d.C., sim).
O calendário juliano "corrigido", chamado de gregoriano em homenagem ao Papa, também não é perfeito, pois há um excesso de 0,0003 dias em relação ao ano astronômico. A diferença, porém, é de apenas 1,13 dias a cada 4000 anos, e novo ajuste será necessário somente em 5582 d.C., daqui a 3582 anos...